A audiência da Comissão de Economia, Finanças e Fiscalização da Câmara Municipal de Curitiba (CMC), realizada nesta terça-feira (28), encerrou a série de apresentações públicas do Executivo sobre a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2026 e sobre o Plano Plurianual (PPA 2026-2029). Coordenada pelo vereador Serginho do Posto (PSD), a audiência contou com a presença de Beatriz Battistella Nadas, presidente do Instituto Municipal de Administração Pública, e de Carlos Eduardo Kukolj, diretor de Orçamento da Prefeitura de Curitiba, e teve a participação dos vereadores.
A vereadora Indiara Barbosa (Novo) abriu as falas ressaltando a importância da transparência e da comunicação pública sobre os dados orçamentários. Ela defendeu que os relatórios do PPA sejam acessíveis à população e em linguagem clara. Carlos Eduardo Kukolj respondeu que o portal da Prefeitura será atualizado com dashboards de acompanhamento e afirmou que “a ideia é que qualquer cidadão possa ver, de forma simples, onde o dinheiro público está sendo aplicado”.
O presidente da comissão, Serginho do Posto (PSD), enfatizou o papel da Câmara no controle social e questionou como se dará a fiscalização das metas do PPA. Kukolj explicou que haverá relatórios quadrimestrais e revisões anuais, afirmando que “o PPA é um instrumento vivo; ele dialoga com o orçamento e com o cidadão. Os resultados serão apresentados à Câmara e disponibilizados no portal de transparência.
Prefeitura responde questionamentos dos vereadores de Curitiba
A vereadora Laís Leão (PDT) direcionou sua fala às políticas de gênero e à inclusão social no orçamento. Ela pediu que o Executivo incorpore indicadores de equidade e proteção a mulheres em situação de vulnerabilidade. Kukolj informou que as secretarias temáticas já trabalham com metas vinculadas à pauta feminina e destacou que “as políticas transversais, como as de igualdade e inclusão, estão integradas aos programas Curitiba que Acolhe e Curitiba que Emancipa”.
Seguindo as intervenções na ordem que elas ocorreram, a parlamentar Vanda de Assis (PT) questionou a destinação de recursos para habitação e assistência social, reforçando a necessidade de priorizar as famílias em situação de rua. O diretor respondeu que “há investimentos previstos para o programa Casa Curitibana e para projetos de urbanização em áreas vulneráveis, como Parolin e Campo de Santana”, acrescentando que o foco é “assegurar moradia digna e oportunidades de inclusão produtiva”.
A vereadora Professora Angela (PSOL) abordou a integração entre educação ambiental e mobilidade urbana, perguntando como o PPA prevê ações de sustentabilidade no transporte coletivo. Kukolj explicou que “a Prefeitura prevê a aquisição de ônibus elétricos e a ampliação da rede de eletropostos públicos, além da implantação de 200 km de infraestrutura cicloviária, ações alinhadas ao Plano Diretor e ao programa Curitiba Sustentável”. Camilla Gonda (PSB) e Nori Seto (PP) trataram da metodologia do programa Fala Curitiba.
Encerrando o debate, a vereadora Meri Martins (Republicanos) parabenizou a equipe técnica e elogiou a inclusão de ações voltadas à causa animal no orçamento municipal. Kukolj explicou que o orçamento da Secretaria do Meio Ambiente reserva quase R$ 9 milhões para parcerias com ONGs de proteção animal e que “essa política faz parte de uma visão de cuidado e convivência responsável nos espaços públicos”.
Ao concluir a audiência, Serginho do Posto agradeceu a presença dos técnicos e dos vereadores e ressaltou que “o diálogo permanente entre o Executivo e o Legislativo é essencial para garantir um orçamento participativo, transparente e alinhado às prioridades da cidade”.
*Notícia revisada pelo estudante de Letras Celso Kummer
Supervisão do estágio: Ricardo Marques
